sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Sou MAIPO (II)

 por José Amaral Neto*

Seja sincero: ao escolher um candidato, decidindo sozinho ou contando com a ajuda do marketing eleitoral ou por grana, quais são os pontos que você analisa? Um palpite desavergonhado: seu foco é a simpatia do candidato para com as suas expectativas. É isso?

Depois de algumas eleições como técnico na estruturação de campanhas políticas, qualquer indivíduo começa a perceber o eleitor de maneira mais clara. E algo que fica evidente é que a empatia é a chave para que candidatos consigam confirmar seus votos nas urnas.

Transmitir sinceridade na fala também cria empatia entre eleitor e postulante. No Brasil como em qualquer outro lugar as eleições são emocionais. E os candidatos que conseguem interagir sentimentalmente com os anseios de um eleitor ou de uma comunidade consegue destes um mandato.

Muitos citam a eleição do atual governador de MG como uma peça de campanha política de mestre – Não é para tanto; o destaque vai mais para o momento do que para as estrelas do marketing político – mesmo em uma posição no fim da lista no início do pleito, o postulante passava a impressão, postura exclusiva sua, como se estivesse em primeiro.

E assim o eleitorado que não votaria de jeito nenhum em azul ou vermelho, viu a tangente amarela ser uma opção viável. Some-se a isso a fala certeira dele em rede, com um recado direto para a ainda fervente corrente sem candidato ao governo que se viu sem rumo quando seu líder nacional eleito, se absteve.

Emocional. Esse foi o voto de 2018. E de todas as eleições passadas e presentes.

Em 2020 tivemos um adendo: a razão tornou o emocional ainda mais relevante. O gosto e não gosto, tornou-se pragmático. E é o futuro. 0 eleitor agora teve tempo e oportunidade de sobra para comparar currículos – o acesso a contato direto através das lives nas redes sociais. Ouvindo e vendo quem queria seu voto. E isso definiu o “gostei e não gostei”.

Entender-se preparado, aplicado ao trabalho social e com um currículo, não garante voto. E fazer valer sua convicção politica tão pouco faz o votante transpirar afeição por qualquer candidatura. Com bagagem sem carisma, nem o carregador de malas da rodoviária te enxerga.

Quando se fala em projeto de campanha o eleitor que ler e saber até onde as candidaturas estão comprometidas não só com a cidade, mas com o seu quintal – as palavras moldam o que se quer ver. Não adianta dizer que é pela educação quando nada se oferece pela questão. Não adianta dizer que o legislativo não constroe escolas ou creche; O eleitorado só quer saber onde vai ser. Se vai ter é outra questão. É isso que define o voto.

Uma das ferramentas que vão sendo consolidadas pelo Movimento de Articulação e Integração Participativa Organizacional, o MAIPO, é justapor diretrizes que dialoguem com as pessoas para que saibam definir em quem votar para que haja oxigenação nos processos eleitorais, hoje, ambiente de profissionais.

A representação nunca esteve tão longe de representar algo, alguém, ou uma comunidade. #VamosConversando

*Jornalista, Coordenador Executivo do MAIPO

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