Minas
Gerais, Abandonada.
*José Amaral
Neto, Jornalista,
Diretor da
JANCOM Agência da Informação e
Coordenador Executivo do Movimento MAIPO.
Educação
relegada a um plano que não é bem um plano. Aonde a ausência de diálogo vem
sendo a arma costumeira. Aos professores presos em discursos de legisladores
que não os representa. Saúde sonhada sobre o unicórnio SAMU que quer ganhar
estradas, mas sem saber em que ponto hospitalar descarregar seus moribundos cidadãos
necessitados de cuidado que não os tem. Servidores públicos desamparados que em
efeito cascata comprometem a gestão de seus serviços, onde o exercício do cargo
nem mais é receber salários, este nem pagos corretamente.
A
segurança estremece e prende em casa quem nada deve e teme por sua dignidade
frente à ação de bandidos que se apoiam na despreocupada deficiência no comando
do Estado. Para irritar o bom mineiro ainda mais, grassa a estupidez do sistema
que feito sangria encarcera alguém que quer matar sua fome, mas não prende
aquele que soca a cara do comum. E quem deveria servir se serve no churrasco
das bases dos criminosos financiadores de benesses políticas escusas.
Legisladores
que desconhecem seu papel, agindo apenas no palanque do palácio se esquecendo
de seus territórios eleitorais que somente visitam de 04 em 04 anos, ou quando
um cargo novo merece ser conquistado. Deputados que fazem de seus compromissos
constitucionais a base de seu vinculo empregatício porque nada além sabem
fazer. Gritam experiência em campanha para manter seus cargos e o status quo
que assola e vilipendia o Estado.
Não
existe um projeto para Minas Gerais. E é urgente pensar e agir sobre isto.
É
preciso junto com a instalação da 6ª República que poderá vir a traçar um novo
pacto federativo nacional, repensar as divisões geopolíticas de Minas Gerais.
As macrorregiões foram constituídas para derrubar a configuração das cidades
polos. Fragilizando a outrora autonomia de ações políticas que fortaleciam as
cidades irmãs de uma região. Um exemplo é o triângulo mineiro desconstruído
para abrigar o Pontal, Planalto de Araxá, Vale do Rio Grande, entre outras
microrregiões sem liderança política que valha seu nome no mapa, sempre
invisível.
Não
é uma questão simplista de ser ou não municipalista, mas de entender que tudo
começa nos municípios. É preciso pensar a cidade de maneira que a vejam como
autônoma em decisões bases em educação, saúde e segurança – O Estado já não
pode arguir sobre esses temas sozinho. Não tem competência para isso já se vão
anos.
É
necessário começar a falar sobre o ICMS ser depositado imediatamente quando
recolhido na conta das prefeituras.. É preciso interromper o descompromisso do
Governo Estadual com as necessidades dos munícipes. Não é inteligente que os
impostos (ICMS, IPVA, por exemplo) sigam a Belo Horizonte ou outra capital
brasileira, para depois voltar às cidades que o produziu. Uma vez recolhidos
que as partes sejam contempladas imediatamente. Isso é simples matemática que
um legislador mediano e com boa articulação deveria entender importante e assim
conseguir defender e apresentar como projeto urgente à vidas das pessoas.
Acordar
as montanhas adormecidas de Minas Gerais é preciso. É pra já construir uma Nova
Minas Gerais, e refundar a República brasileira. Vamos Conversando.