#DaIdeiaAmaral
Para construir um
prédio é preciso primeiro, a ideia, o desejo de ver algo rasgando o ar e que
mudará o ambiente pensado. Depois a escolha do lugar. O local onde esse espigão
vai alicerçar seus andares. Decidido isso vem o nanquim do arquiteto. A seguir a
planta do engenheiro. Às mãos do mestre de obra, para enfim chegar ao pedreiro.
Feito isso, o prazer do acabamento em fios, tintas e decoração.
Ações diversas
integradas entre si e, não uniformes. Cada qual agindo em seu universo. O que
une? A Ideia.
Enegrecer deveria ser
assim em ação de negritude. Uns pelos outros, respeitando as diferenças e
particularidades. Sendo o foco não a união de tarefas afins, mas sim o ato de
ser negra, e negro, em uma ideia compartilhada. E que ideia seria esta?
Reciprocidade.
O ser humano é por si
vaidoso de sua posição. E isso é ser gente. Faz bem ao ego. Estimula. Contagia.
Move equipes. Entretanto, achar-se espelho também reflete o egocentrismo que
afasta pessoas.
O coletivo é uma massa
que precisa do fermento do comprometimento. Pensar para muitos nem sempre é
fácil. E se não olhar direito o que se quer fazer, pode-se acabar em areia
movediça. E isso não é diferente em lugar algum. Quanto uma ação é desenvolvida
e se traz o bem, o correto é apoia-la; e se entender que ela poderia ser melhor
feita, que seja numa oportunidade a frente. O resultado 4 sempre será de uma
operação de soma de 2 + 2.
Todo processo onde
pessoas pensam o coletivo gera divergências o que oxigena o ambiente e sempre
traz otimização e valor para a concretização da ideia. O que faz a diferença é
como a reciprocidade será disponibilizada. Ser no lugar do outro é que faz o
pedreiro exercer sua profissão sob os cálculos do engenheiro. Ser no lugar do
outro é que dá vida à composição do ambiente decorado ante o projeto do
arquiteto.
A comunidade negra
precisa perceber-se ideia e seus interlocutores precisam ser reciprocidade.
A construção precisa da
ideia de que são 500 anos de exclusão. E as pessoas precisam entender que
quando um faz, ele o fez acontecer e isso merece reciprocidade, sem contexto.
Apoiar é preciso se já há movimento.
#VamosConversando
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